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São José trabalha conscientização e apoia a Campanha Mundial sobre Autismo

01 de Abril, 18:32

Em comemoração ao Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo, lembrado em 2 de abril, os professores das turmas com alunos especiais, desenvolveram atividades em sala de aula com o objetivo de apoiar causa e trabalhar conscientização sobre o transtorno, ainda desconhecida do grande público, mesmo que ele seja relativamente comum.

A equipe pedagógica da escola, a fonoaudióloga e psicóloga do São José, apoiam essa importante causa, com o lema: “Quando você ajuda, as peças se encaixam. O São Jose apoia esta causa!”, pois, atualmente a escola possui sete alunos autistas matriculados. Diariamente esta equipe, em parceria dos professores e pais, realiza um trabalho diário de acompanhamento e monitoramento destas crianças, visando garantir o seu aprendizado.

Nesta tarde de sexta-feira, as turmas da Educação Infantil fase II e do 1º ano do Ensino Fundamental I realizaram atividades com os alunos para juntos lembrar esta data de campanha, comemorada mundialmente. Na turma da professora Alyne, cada criança teve as mãozinhas pintadas em cores variadas, mas principalmente com o azul, a cor símbolo da campanha, para carimbar o mural externo da sala com o nome de cada aluno.

Já na turma da professora Eliane Moreira do 1º ano B, além de um filme explicativo os alunos também tiveram as mãos pintadas e carimbadas em um balão azul, com o símbolo do lacinho com as peças de encaixe.

E nesta segunda, 4 de abril, a turma do professora Leosani também apoiou a campanha. Cada aluno recebeu um lacinho azul nos pulsos e balões azuis para brincadeiras em sala de aula.

Dados sobre o Autismo:

A ONU estima que mais de 70 milhões convivam com o transtorno no mundo. No Brasil, aproximadamente 2 milhões de pessoas tem este tipo de transtorno, que é mais comum do que o câncer, a Aids, e o diabetes.

Na França, estima-se que cerca de 430 mil pessoas sofram com este transtorno, sendo que 25% delas são crianças. Os transtornos de desenvolvimento ainda não têm causa definida, mas aparecem com frequência antes dos dois anos de idade. Os sinais, entretanto, podem confundir pais e médicos, porque muitas vezes estão associados a outros distúrbios.

Um deles, por exemplo, é um bebê extremamente calmo, que não reage ao meio-ambiente. Um pouco mais velhas, as crianças podem ter crises de “birra”, e movimentos corporais repetitivos. Mas cada um desses sintomas precisa ser avaliado com cautela, como explica Monica Zilbovicius, psiquiatra e diretora de pesquisa no Inserm, Insituto de Pesquisa Médica sediada em Paris.

“Hoje já se sabe que não existe uma causa única para os transtornos ligados ao autismo. Não podemos falar de um gene do autismo. Existem vários mecanismos etiológicos. O mais frequente é a causa genética, mas existem mais de mil genes implicados no autismo atualmente. Também existem causas ligadas ao meio ambiente, e também causas múltiplas, como um vírus por exemplo, mas que ainda são desconhecidas”, explica a especialista.

Diagnóstico é complexo

O diagnóstico do autismo é clínico e feito por um grupo de profissionais, que efetuam vários testes. “Uma observação é feita, sobretudo na área social, já que a criança desenvolve muito pouco a interação social. Para ser diagnosticado como autismo, esse problema deve estar presente nos primeiros três anos de vida”, diz a psiquiatra. Segundo a profissional, a detecção precoce é importante, principalmente antes dos dois anos. Os exames cerebrais não são utilizados para o diagnóstico, explica, mas principalmente para entender o seu funcionamento.

Fontes: texto site Rfi – As vozes do mundo, com colaboração de Tatiana Marotta.